“TODOS OS SERES DA CRIAÇÃO SÃO FILHOS DO PAI E IRMÃO DO HOMEM...
DEUS QUER QUE AUXILIAMOS AOS ANIMAIS, SE NECESSITAREM DE AJUDA.

TODA CRIATURA EM DESAMPARO TEM O MESMO DIREITO À PROTEÇÃO.”

(FRANCISCO DE ASSIS)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pato-Mergulhão

  

      O Pato-Mergulhão só sobrevive em ecossistema ambientalmente equilibrado, onde há cursos de aguá limpa e transparente. Por esse motivo ele é classificado criticamente em extinção. No mundo todo restam apenas 250 aves, em áreas do Paraguai, Argentina e Brasil. No Brasil elas se encontram na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, no Jalapão, em Tocantins e na Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais.
       Essa ave necessita de correntes de água 100% limpa, protegida por matas ciliadas preservadas e com abundância em peixes, principalmento o seu preferido que é o lambari.
   

       O local da Serra da Canastra onde é encontrado o Pato-Mergulhão fica nas águas do rio São Franscisco, que são cristalinas perto de sua nascente, neste local eles encontram um ambiente ideal onde se refrescam e se alimentam. 


    
       Essa ave não é fácil de ser avistada, pois além de rara, ela é arisca, não gosta de agitação, e batem asas ao perceber qualquer movimento.  Sua plumagem é escura de tonalidade verde metálico na cabeça, e tem um vistoso penacho que é sua marca  de beleza discreta. 


   
       O Pato-Mergulhão mede entre 55 a 65 centímetros e possui um bico diferente dos patos comuns, ele é longo, afiado, escuro e serrilhado nas bordas.


    

       Suas patas são avermelhadas e possuem uma membrana entre os dedos para facilitar a impulsão na água.



    
       O seu acasalamento é diferente das outras aves, no período reprodutivo, o macho segura com o bico, a fêmea pelos penachos até quase arrancá-los. Desse grande amor nascem até oito filhotes por ninhada. O período reprodutivo do Pato-Mergulhão dura entre maio a setembro.

       O seu ninho costuma ser feito em fendas de paredões, ocos de árvores e buracos em barrancos, que ficam próximos das margens dos cursos de água, Onde a fêmea choca seus ovos dentro da toca, que estão salvos de possíveis predadores. Durante o tempo que ela está chocando seus ovos, só sai para se alimentar, e o macho fica de guarda do lado de fora. O filhote nasce depois de 30 dias de incubação e ficam com os pais por quase 10 meses.

      Tempo atrás o garimpo do diamante ameaçava essas aves, destruindo seu hábitat pluvial, pelo depósito de sedimentos. Agora a população voltou a crescer. Atualmente o que está prejudicando a vida dessa ave é o destruimento da mata ciliar, a poluicão, o assoreamento do São Francisco, a expansão da agropecuária e os agrotóxicos.
       Por esse motivo, pesquisadores lutam para salvar esses animais, realizando trabalho de educação ambiental e conscientização entre os moradores e produtores rurais.
       Tanto quanto o Pato-Mergulhão, nós também precisamos de água limpa para sobreviver!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Albatroz

   
      Os Albatrozes são grandes aves oceânicas, elas podem atingir até 3,5 metros de envergadura. O macho pesa entre 8,2 a 11,9 Kg e a fêmea entre 6,4 a 8,7 Kg. Passam quase toda vida no mar podendo chegar aos 80 anos. Para se reproduzir elas vão para ilhas e costas, os casais se encontram e ficam no mesmo lugar aproximadamente um ano, a vida reprodutiva da fêmea começa a partir de 10 anos de idade com postura de apenas um ovo .


   

      O casal se reveza na guarda do ninho para buscar comida, enquanto um sai, o outro fica no ninho esperando sua volta, que pode demorar até 15 dias. A incubação do ovo chega a durar 11 semanas,  e o filhote deixa o ninho com 40 semanas. O macho reconhece a sua parceira depois de semanas separados, e com muita felicidade do reencontro eles dançam.
      Eles se alimentam de peixes, lulas, mamíferos mortos, aguá-viva, crustáceos e tunicados.




       Os Albatrozes visitam a costa sul e sudeste do Brasil durante o inverno e acompanham barcos, sendo atraídos pelas iscas usadas para pesca, ficam presos nos anzóis e se afogam.
   
      No mundo há 22 espécies de albatroz, no Brasil seis espécies integram a lista de ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente. Uma organização Mundial, a Bird Life International, mostra que a cada ano cerca de 300 mil aves são mortas incidentalmente pela pesca, mais de 100 mil são Albatrozes. No Brasil mais de 10 mil Albatrozez são mortos por ano, e a cada cinco minutos, um Albatroz morre no mundo.
    


       Por esse motivo muito triste foi criado o Projeto Albatroz no Brasil, os integrantes do Projeto Albatroz fazem pesquisas científicas e implementam medidas para reduzir a captura dessas aves, em embarcações de pesca. A ONG também desenvolve trabalhos de educação ambiental nos terminais de pesca dos portos, na tentativa de sensibilizar os pescadores quanto a importância de preservação dessas aves. Assim conseguiram implementar um instrumento chamado toriline, que são fixados na popa da embarcação e espanta as aves, com isso conseguiram diminuir em até 60 % a morte das aves e também melhoraram a produtividade da pesca em cerca de 15%.